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domingo, 17 de agosto de 2025

Inflação nos EUA acelera ao ritmo mais rápido em três anos.


 Por Hora do Povo

A inflação no atacado nos Estados Unidos acelerou em julho no ritmo mais rápido em três anos, com o índice de preços ao produtor (PPI) subindo 0,9% em relação ao mês anterior, a maior alta desde junho de 2022. O relatório do Bureau de Estatísticas do Trabalho (BLS, na sigla em inglês), sinaliza que o tarifaço decretado pelo governo Trump contra o mundo inteiro já impacta a economia norte-americana. Divulgado na quinta-feira (14), indica que, no mês anterior, o PPI ficara estável, mas a expectativa de economistas consultados pela Reuters era de alta de apenas 0,2%. Agora, tanto bens quanto serviços tiveram elevação, e o BLS alertou para uma possível explosão inflacionária no curto prazo. Em relação a um ano atrás, o PPI ficou em 3,3% – quando, no mês anterior, fora de 2,4%. O PPI é um indicador importante das leituras futuras do Índice de Preços ao Consumidor, o indicador de inflação mais amplamente citado, já que os aumentos nos preços dos atacadistas quase inevitavelmente são repassados aos consumidores. Especialistas esperavam que os aumentos moderados nos preços dos serviços pudessem compensar o impacto das tarifas de importação sobre bens, mas não foi o que aconteceu.

Os custos de serviços subiram 1,1% no mês passado — o maior avanço desde março de 2022. As margens de atacadistas e varejistas saltaram 2%, lideradas pelo atacado de máquinas e equipamentos. Nos bens, a alta foi de 0,7% em julho (contra 0,3% em junho). Quarenta por cento desse aumento nos bens veio de um salto de 1,4% nos preços dos alimentos, impulsionado por uma expressiva alta de 38,9% no custo de vegetais frescos e secos. Agricultores relataram escassez de mão de obra, agravada pela caçada a imigrantes indocumentados promovidas pelo governo Trump. No atacado, a carne bovina subiu 4,6%, os ovos avançaram 7,3% e o café, 1,1%. O leite impulsionou mais de 30% do aumento nos preços dos produtos não processados, subindo 9,1% apenas no mês passado. Excluindo alimentos e energia, os preços dos bens aumentaram 0,4%, com destaque para altas no aço, alumínio e outros metais não ferrosos primários (também relacionado com o tarifaço). Também foram registradas elevações expressivas em equipamentos eletrônicos domésticos e artigos esportivos. O relatório do PPI mostrou ainda que os custos de bens processados para demanda intermediária — que refletem preços em estágios anteriores da cadeia de produção — saltaram 0,8%, o maior aumento desde o início do ano, em grande parte devido ao óleo diesel.

IMPACTO AO CONSUMIDOR.
Assim, apesar do impacto total do tarifaço ainda não ser percebido pelo consumidor – os dados da inflação ao consumidor (PCE) mostraram os preços ainda sob controle – a inflação já está afetando a economia, com aumento de preços na cadeia de suprimentos.“Embora as empresas tenham absorvido a maior parte dos aumentos de custos com tarifas até agora, as margens estão sendo cada vez mais pressionadas pelos custos mais altos de bens importados”, disse Ben Ayers, economista sênior da Nationwide, em nota.“Esperamos uma transferência mais forte dessas tarifas para os preços ao consumidor nos próximos meses”, acrescentou o economista, que, um tanto otimista, anteviu a inflação subindo “de forma moderada na segunda metade de 2025.”

O relatório do BLS indica que as empresas estão ajustando os preços de bens e serviços para ajudar a compensar os custos associados ao aumento das tarifas nos EUA, apesar do enfraquecimento da demanda na primeira metade do ano. A divulgação dos dados da inflação no atacado fez os contratos futuros dos índices de ações caírem enquanto os rendimentos dos Títulos do Tesouro subiam. De acordo com uma análise do Goldman Sachs, até junho, os exportadores estrangeiros arcaram com apenas 14% do custo das tarifas dos EUA, enquanto as empresas americanas pagaram 64% e os consumidores americanos pagaram 22%. Para o Goldman, em última análise, a participação do consumidor subirá para 67%.

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Enquanto ‘moeda dos BRICS’ e criptos fazem barulho. China avança no silêncio.


Empréstimo recorde em yuan para mineradora australiana expõe enfraquecimento do dólar e sinaliza nova ofensiva financeira contra hegemonia dos EUA.

Escrito por
Alisson Ficher

Fortescue garante financiamento recorde em yuan, reforçando laços com a China e ampliando estratégia de descarbonização, enquanto EUA recuam em projetos de energia limpa sob o governo Trump. A Fortescue, quarta maior produtora de minério de ferro do mundo, anunciou no último dia 8 deste mês a contratação de um empréstimo denominado em yuan no valor de 14,2 bilhões de yuans (cerca de US$ 1,98 bilhão). Segundo a agência de notícias Reuters, trata-se do maior empréstimo sindicalizado em yuan já concedido a uma empresa não chinesa, segundo o banco coordenador. O financiamento se destina a apoiar o plano de descarbonização da companhia e a outras finalidades corporativas, semanas após o cancelamento de projetos de hidrogênio verde nos Estados Unidos e na Austrália.

Recorde em yuan para empresa estrangeira.
O pacote foi estruturado por um sindicato de instituições financeiras chinesas, australianas e internacionais, com destaque para Bank of China e ICBC. A operação tem prazo de cinco anos e juros fixos de 3,8% ao ano, e marca uma etapa relevante da internacionalização do yuan por ocorrer fora do território chinês e envolver uma grande mineradora australiana. Conforme informado pelo coordenador, é a maior transação do tipo já firmada com uma companhia sediada fora da China.

Termos e uso dos recursos.
Segundo a empresa, a linha poderá ser utilizada para fins corporativos gerais e para acelerar projetos de descarbonização. Um porta-voz acrescentou que esta é a primeira operação desse tipo para uma empresa australiana em que não há restrição de uso dos recursos, o que amplia a flexibilidade financeira da Fortescue. A taxa de câmbio informada no comunicado de imprensa foi de US$ 1 = 7,1810 yuans.

Decisão após revisão do portfólio de energia limpa.
O anúncio vem logo depois de a Fortescue encerrar projetos de hidrogênio verde em Arizona (EUA) e em Queensland (Austrália), medida divulgada em julho de 2025. A empresa disse que a revisão estratégica levou à descontinuação dos empreendimentos e que busca redirecionar ativos e terrenos envolvidos.

Contexto nos EUA e elogio à capacidade industrial da China.
No mesmo comunicado em que detalhou o financiamento, o fundador e chairman Andrew Forrest afirmou que a companhia vê oportunidade de avançar com parceiros chineses em tecnologia limpa. Ele declarou: “À medida que os Estados Unidos recuam no investimento no que será a maior indústria do mundo, a China e a Fortescue estão avançando na tecnologia verde necessária para liderar a revolução industrial verde global.” Forrest também ressaltou o reforço dos vínculos com instituições financeiras chinesas, mencionando escala industrial e inovação como fatores no país asiático.

Yuan fora da China e o debate sobre moedas.
Enquanto o debate sobre uma eventual “moeda dos BRICS” e o papel das criptomoedas segue sem definições práticas, o movimento concreto observado neste caso é a expansão do uso do yuan em operações de grande porte com empresas estrangeiras. A classificação do empréstimo como recorde para uma companhia não chinesa, de acordo com o coordenador do sindicato, ajuda a dimensionar o alcance da transação na praça internacional de crédito.

Repercussão para a Fortescue e a cadeia de fornecedores.
Pelo lado corporativo, a companhia indicou que a captação fortalecerá a execução de seu plano de redução de emissões e a continuidade de contratos com fornecedores de tecnologia e equipamentos. Em paralelo, a mineradora permanece como fornecedora relevante de minério de ferro para a China, o que cria uma ponte operacional para receitas e desembolsos na mesma moeda, mitigando risco cambial em parte das transações.

O que está em jogo para os EUA.
A decisão de financiamento em moeda chinesa ocorre em meio a uma reorientação de prioridades de energia limpa nos Estados Unidos sob o governo Trump, conforme relatos do mercado e declarações públicas de executivos. O simultâneo cancelamento de projetos de hidrogênio verde em território norte-americano e a busca de fontes alternativas de capital no exterior ilustram a mudança de rota observada por empresas do setor neste período.

Perspectivas para energia limpa e financiamento internacional.
A reconfiguração do portfólio de energia limpa da Fortescue se insere em um cenário em que múltiplos projetos de hidrogênio verde foram adiados ou cancelados em diferentes países, diante de custos elevados e demanda abaixo do esperado. Neste contexto, linhas em moedas locais de parceiros comerciais surgem como mecanismos de financiamento com custo e risco adequados a determinados perfis de receita, sobretudo quando há recebíveis atrelados ao yuan.

Entre a narrativa BRICS e os fatos do crédito.
Em termos factuais, a operação da Fortescue não envolve criação de nova moeda nem substitui o dólar em sistemas de compensação globais. Mas reforça uma tendência de diversificação de passivos corporativos e de crescimento do crédito em yuan fora da China. Ao associar o financiamento a objetivos de descarbonização e a fornecedores chineses, a empresa sinaliza um arranjo financeiro-operacional que pode ser replicado em outras cadeias intensivas em capital. O efeito prático desse tipo de operação sobre a competitividade e o custo de capital tende a ser acompanhado de perto por empresas expostas ao mercado asiático. Diante desse avanço do financiamento em yuan a empresas estrangeiras, que impacto você espera ver no debate sobre desdolarização e no acesso de companhias ocidentais a capital para projetos de energia limpa?

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Eduardo Bolsonaro diz a governo Trump que Moraes e esposa são “uma pessoa só”.


Publicado por Diario do Centro do Mundo

Em nova rodada de conversas em Washington, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) relatou a integrantes do governo Trump que, em sua avaliação, o ministro Alexandre de Moraes (STF) e sua esposa, a advogada Viviane Barci, funcionariam “como uma pessoa só” do ponto de vista financeiro, conforme informações da Folha de S.Paulo. Eduardo disse ter informado ao secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, que a inclusão apenas de Moraes na Lei Magnitsky não teria surtido efeito no Brasil porque “o ministro não vive do salário dele”, sugerindo que a principal movimentação patrimonial passaria pela esposa.“Eu passei a minha visão de que o Moraes e a esposa dele, quando se fala em parte financeira, eles são como se fosse uma pessoa só, porque o Moraes não vive do salário dele, isso é notório”, afirmou o “bananinha”.“Falei que a esposa dele se tornou milionária depois que o Moraes foi indicado para a Suprema Corte, que a partir dali ela teve cada vez mais sucesso em angariar causas milionárias. E que inclusive o Moraes, antes de ser ministro da Suprema Corte, fazia parte do mesmo escritório de advocacia.”

O objetivo do parlamentar é convencer o governo norte-americano a estender as sanções também a Viviane Barci e pressionar bancos brasileiros a encerrar as contas do magistrado. Segundo ele, bancos com sede nos Estados Unidos estariam descumprindo a Magnitsky ao manterem contas em reais ativas enquanto bloqueiam apenas movimentações em dólar. Além disso, Eduardo relatou que autoridades americanas estudam novas medidas, como retirar vistos de assessores, juízes e delegados ligados a Moraes ou desaconselhar empresas americanas a contratar parentes de ministros do STF. O filho “03” de Jair Bolsonaro (PL) também disse ter informado que Moraes determinou o bloqueio de suas contas e das de sua mulher, Heloísa Bolsonaro, com o objetivo de prejudicá-los financeiramente nos EUA.

O ministro mandou congelar as contas dos dois no âmbito de inquérito aberto em maio, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), justamente pelo deputado articular medidas contra Moraes e o Brasil nos Estados Unidos.

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sábado, 16 de agosto de 2025

Michelle diz que atitude de Zucco (PL) prejudica Bolsonaro na prisão.


Michelle reprovou atitude do deputado Luciano Zucco (PL-RS), líder 
da oposição na Câmara, que quis fazer churrasco na prisão domiciliar.

Paulo Cappelli

Michelle Bolsonaro reprovou a iniciativa do deputado Luciano Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara, de fazer um churrasco para Jair Bolsonaro durante visita ao ex-presidente, que está em prisão domiciliar. Autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes (STF), a visita ocorreu na quinta-feira (14/8), mas, segundo a ex-primeira-dama, sem a picanha anunciada pelo parlamentar.“O episódio ocorrido hoje em minha residência, envolvendo o deputado Zucco, não contou com a nossa anuência. A visita tinha caráter restrito, breve e voltado exclusivamente a fins humanitários — e não conforme divulgado pelo parlamentar em vídeo, no qual, ao deixar sua residência, afirmou que realizaria um churrasco em minha casa. Tal evento não ocorreu”, escreveu Michelle.“Solicito a colaboração dos próximos visitantes autorizados para que compreendam e respeitem a sensibilidade do momento, abstendo-se de atitudes que possam deturpar a finalidade da visita ou prejudicar a imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro“, frisou a ex-primeira-dama.

Em publicação, numa rede social, antes de se deslocar para a residência de Bolsonaro, em Brasília, Zucco apareceu com duas peças de carne na mão dizendo que prepararia uma refeição para o aliado. O entorno do ex-presidente teme que o STF ponha um fim às visitas com a justificativa de que estão em desalinho com ambiente de prisão domiciliar.

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sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Comissão da Câmara aprova moção de apoio a Bolsonaro.

 
O bolsonarismo chefia a o colegiado de relações exteriores. Deputados progressistas votaram contra a homenagem.

Por CartaCapital

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira 13 uma moção de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A homenagem partiu do bolsonarista Evair de Mello (PP-ES). O autor do requerimento tenta emplacar a opinião de que o ex-capitão “é perseguido”. Evair de Mello desconhece — ou ignora — os elementos obtidos pela Polícia Federal que sustentam a denúncia da Procuradoria-Geral da República na ação sobre a tentativa de golpe de Estado. Em julho, o procurador‑geral da República, Paulo Gonet, enviou as alegações finais ao Supremo Tribunal Federal e reafirmou o pedido de condenação de Bolsonaro e dos outros sete réus do núcleo crucial da trama. Para o Ministério Público, o ex‑presidente era “o principal articulador, maior beneficiário e autor dos atos mais graves” contra a democracia. O deputado, porém, resolveu exaltar o aliado. “Esta moção é o brado de apoio ao Capitão que resiste, mesmo quando tudo ao seu redor conspira para esmagar sua voz”, alegou.

Registraram votos contrários à moção de apoio os deputados Alexandre Lindenmeyer (PT-RS), Arlindo Chinaglia (PT-SP), Rui Falcão (PT-SP) e Sâmia Bomfim (PSOL-SP). O bolsonarismo chefia a comissão, com Filipe Barros (PL-PR) na presidência e André Fernandes (PL-CE) na 1ª vice-presidência.

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EUA perdem vendas de soja para China, enquanto Brasil ocupa abastecimento.


Excluindo as tarifas, a soja dos EUA para embarque em outubro está cerca de US$ 40,00 por tonelada mais barata do que as cargas brasileiras que estão sendo compradas pela China, segundo traders.

Reuters

Os exportadores de soja dos Estados Unidos correm o risco de perder bilhões de dólares em vendas para a China este ano, à medida que as negociações comerciais se arrastam e os compradores do principal importador de oleaginosas fecham cargas do Brasil para embarque durante a principal temporada de comercialização dos EUA, de acordo com traders. Importadores chineses terminaram de reservar as cargas de soja para setembro, levando cerca de 8 milhões de toneladas, todas da América do Sul, disseram três traders à Reuters. Para outubro, compradores chineses garantiram cerca de 4 milhões de toneladas, metade de sua necessidade esperada, também da América do Sul, disseram os traders."As fortes compras de soja da China no terceiro trimestre sugerem que o setor acumulou estoques antes dos possíveis riscos de fornecimento no quarto trimestre", disse Wang Wenshen, analista da Sublime China Information.

No ano passado, os importadores chineses de sementes oleaginosas compraram cerca de 7 milhões de toneladas dos EUA para embarques durante os dois meses. O risco de uma ausência prolongada de compras chinesas para o ano-safra dos EUA a partir de setembro, em meio a tensões comerciais não resolvidas, poderia aumentar a pressão sobre os futuros de Chicago, negociados próximos das mínimas de cinco anos, disseram os traders. Normalmente, a maioria das compras chinesas de soja dos EUA é enviada entre setembro e janeiro, antes que os suprimentos brasileiros assumam o controle após a colheita da América do Sul.

A expectativa é de que os compradores chineses concluam as reservas de outubro deste ano até o início do próximo mês, disse um trader de uma empresa internacional em Cingapura. A China vem reduzindo sua dependência dos produtos agrícolas dos EUA desde a guerra comercial durante o primeiro mandato do presidente Donald Trump. No ano passado, a China importou cerca de 105 milhões de toneladas de soja. Desse total, 22,13 milhões de toneladas vieram dos EUA, no valor de US$ 12 bilhões.

Tensões comerciais prejudicam as perspectivas.
No domingo (10), Trump pediu à China que quadruplicasse suas compras de soja antes do prazo final da trégua tarifária, uma meta que analistas disseram ser inviável, pois exigiria que a China comprasse quase exclusivamente dos EUA. No dia seguinte, os dois lados estenderam a trégua tarifária por 90 dias. No entanto, três traders disseram à Reuters que a prorrogação, por si só, não deve estimular as compras, já que a tarifa de Pequim sobre as importações de soja dos EUA permanece em 23%, tornando-as não competitivas.

A China poderia voltar a comprar soja dos EUA se chegasse a um acordo para reduzir as tarifas."Um cenário possível é que, se ambos os lados chegarem a um acordo em novembro, a China poderá voltar a comprar soja dos EUA, potencialmente estendendo a janela de exportação dos EUA e pressionando as vendas de novas safras do Brasil", disse Johnny Xiang, fundador da AgRadar Consulting, sediada em Pequim. Excluindo as tarifas, a soja dos EUA para embarque em outubro está cerca de US$ 40,00 por tonelada mais barata do que as cargas brasileiras que estão sendo compradas pela China, segundo dois traders. A China tem soja em abundância após intensificar as importações, com as compras atingindo níveis recordes nos últimos meses.

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O apelo final de Bolsonaro a Moraes para tentar se salvar na ação do golpe.


Réus entregam as alegações finais e o ministro passará a elaborar seu voto.

Por CartaCapital

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu na quarta-feira 13 sua absolvição no processo sobre a tentativa de golpe de Estado. Ele é acusado de liderar a conspiração para impedir a posse de Lula (PT) após a eleição de 2022. A defesa do ex-capitão encaminhou suas alegações finais ao Supremo Tribunal Federal. Em um documento de 197 páginas, alega não haver provas de que ele tenha agido para impedir a transição de governos e que os atos de 8 de Janeiro de 2023 não têm relação com ordens do ex-capitão. “O ex-presidente, de fato, poderia facilmente ter empregado meios disponíveis para dar continuidade nas ações que lhe são creditadas, mas não o fez”, diz um trecho do documento. A defesa sustenta que a denúncia da Procuradoria-Geral da República não se baseia em elementos concretos. A acusação atribui cinco crimes a Bolsonaro: golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e organização criminosa armada.“A verdade é que as imputações da PGR contra o ex-presidente não encontram respaldo nem na lógica, nem na prova dos autos”, afirmam os advogados, que também tornaram a  defender a anulação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.“Não há como condenar Jair Bolsonaro com base na prova produzida nos autos, que demonstrou fartamente que ele determinou a transição, evitou o caos com os caminhoneiros e atestou aos seus eleitores que o mundo não acabaria em 31 de dezembro, que o povo perceberia que o novo governo não faria bem ao País.”

Com a apresentação das alegações finais dos oito réus do núcleo crucial da trama golpista, caberá ao ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal, elaborar seu voto e liberar o caso para julgamento na Primeira Turma do STF, da qual também fazem parte os minitros Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux.

A acusação.
As penas dos crimes atribuídos a Bolsonaro pela PGR totalizam 43 anos de prisão, mas no Brasil o tempo máximo de cumprimento efetivo da pena é de 40 anos. A Polícia Federal concluiu que o ex-presidente planejou e exerceu um domínio direto sobre os atos de uma organização criminosa que buscava executar um golpe no Brasil em 2022. A avaliação dos investigadores é que o grupo, sob a liderança de Bolsonaro, criou, desenvolveu e disseminou desinformação sobre o sistema eleitoral desde 2019, primeiro ano do governo anterior, a fim de incutir na sociedade a falsa impressão de fraude nas urnas. O objetivo, de acordo com a PF, era construir a base para os atos que ocorreram após a vitória de Lula em outubro de 2022. O relatório final da PF menciona uma reunião da cúpula da gestão Bolsonaro em 5 de julho de 2022, 13 dias antes de um encontro do então presidente com embaixadores estrangeiros na qual ele repetiria mentiras sobre o processo eleitoral. Em 2023, o Tribunal Superior Eleitoral tornou Bolsonaro inelegível devido à agenda com os diplomatas. Os participantes da reunião de 5 de julho, anotam os investigadores, “seguiram exatamente a metodologia desenvolvida pela milícia digital, propagando e disseminando alegações sabidamente não verídicas ou sem qualquer lastro concreto, de indícios da ocorrência de fraudes e manipulações de votos nas eleições brasileiras, decorrentes de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação”O intuito era cobrar dos ministros a difusão de desinformação sobre o sistema eleitoral, utilizando a estrutura do Estado. Participaram, entre outros, Anderson Torres (Justiça), Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira (Defesa), Augusto Heleno (GSI) e Mário Fernandes (em exercício na Secretaria-Geral).

A PF também afirma que ações de pressão sobre o então comandante do Exército, general Freire Gomes, contaram com a autorização de Bolsonaro. A conclusão decorre da análise de arquivos encontrados no celular do tenente-coronel Mauro Cid. Na sequência, o grupo iniciou a prática de “atos clandestinos” voltados à abolição do Estado Democrático de Direito e, conforme a PF, Bolsonaro tinha “plena consciência e participação ativa”É nesse contexto que aparece o famoso decreto que abriria caminho a uma ruptura institucional, a fim de impedir a posse de Lula, estabelecer Estado de Defesa no TSE e funcionar como uma espécie de base jurídica para o golpe. Para a PF, Bolsonaro “efetivamente planejou, ajustou e elaborou um decreto que previa a ruptura institucional”A PF diz também ter elementos robustos a demonstrarem que Bolsonaro era informado sobre o andamento dos atos por Mauro Cid.“As evidências colhidas, tais como os registros de entrada e saída de visitantes do Palácio do Alvorada, conteúdo de diálogos entre interlocutores de seu núcleo próximo, análise de ERBs, datas e locais de reuniões, indicam que JAIR BOLSONARO tinha pleno conhecimento do planejamento operacional (Punhal Verde e Amarelo), bem como das ações clandestinas praticadas sob o codinome Copa 2022”.

Este ponto tem íntima relação com a Operação Contragolpe, deflagrada pela PF em novembro de 2024. Na ocasião, a corporação prendeu quatro militares do Exército ligados às forças especiais, os chamados “kids pretos”: o general Mário Fernandes, o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins de Oliveira. Outro preso era o policial federal Wladimir Matos Soares. Os militares presos projetavam a criação de um “gabinete de crise” após executarem o então presidente eleito Lula, seu vice Geraldo Alckmin (PSB) e Alexandre de Moraes. O comando do grupo ficaria a cargo do então ministro do Gabinete de Segurança Institucional, o general da reserva Augusto Heleno, e de Braga Netto.

A polícia teve acesso a mensagens de um grupo de conversas criado no aplicativo Signal e chamado “Copa 2022”, com o objetivo de monitorar Moraes. Os militares envolvidos receberam codinomes de países, como Alemanha, Austria, Japão e Gana. O relatório da PF também aponta que Bolsonaro editou o texto do documento conhecido como “minuta do golpe”, o decreto que buscaria consumar o golpe. Em 7 de dezembro de 2022, segundo os investigadores, o então presidente realizou ajustes no documento e convocou os comandantes das Forças Armadas para uma reunião no Palácio da Alvorada. Naquele encontro, Bolsonaro teria o objetivo de “apresentar o documento e pressionar as Forças Armadas a aderirem ao plano de abolição do Estado Democrático de Direito”“Os comandantes do Exército e da Aeronáutica se posicionaram contrários a aderirem a qualquer plano que impedisse a posse do governo legitimamente eleito. Já o comandante da Marinha, Almirante Garnier, colocou-se à disposição para cumprimento das ordens”, concluiu a polícia.

Dois dias depois, em 9 de dezembro, Bolsonaro rompeu o silêncio pós-derrota para Lula e falou a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada. Na ocasião, incentivou as manifestações golpistas promovidas depois da eleição e fez menções aos militares.“Nada está perdido. O final, somente com a morte. Quem decide meu futuro, para onde eu vou, são vocês. Quem decide para onde vão as Forças Armadas são vocês”, declarou o ex-capitão. A PF avalia que o discurso “seguiu a narrativa da organização criminosa, no sentido de manter a esperança dos manifestantes de que o então presidente, juntamente com as Forças Armadas iriam tomar uma atitude para reverter o resultado das eleições presidenciais, fato que efetivamente estava em curso naquele momento”.

“Os dados descritos corroboram todo o arcabouço probatório, demonstrando que o então presidente da República JAIR BOLSONARO efetivamente planejou, dirigiu e executou, de forma coordenada com os demais integrantes do grupo desde [pelo menos] o ano de 2019, atos concretos que objetivavam a abolição do Estado Democrático de Direito, com a sua permanência no cargo de presidente da República Federativa do Brasil, fato que não se consumou por circunstâncias alheias a sua vontade, dentre as quais, destaca-se a resistência dos comandantes da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro BAPTISTA JUNIOR, e do Exército, General FREIRE GOMES e da maioria do Alto Comando que permaneceram fiéis à defesa do Estado Democrático de Direito, não dando o suporte armado para que o então presidente da República consumasse o golpe de Estado”.

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Defesa de Bolsonaro contesta pena de 43 anos de prisão defendida pela PGR e aposta em redução a um terço em caso de condenação.


Moraes pediu a Zanin para marcar data do 
julgamento, que deve ocorrer em setembro.

Por Mariana Muniz — Brasília

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro contestou no Supremo Tribunal Federal (STF) as penas propostas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na trama golpista, que podem chegar a 43 anos de prisão em caso de aplicação dos prazos máximos previstos em lei. De acordo com os cálculos dos advogados, esse período deveria ser reduzido a um terço. A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro contestou no Supremo Tribunal Federal (STF) as penas propostas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na trama golpista, que podem chegar a 43 anos de prisão em caso de aplicação dos prazos máximos previstos em lei. De acordo com os cálculos dos advogados, esse período deveria ser reduzido a um terço. Outro argumento é que o crime de golpe de Estado, que teria pena de até 12 anos segundo a PGR, deveria ser absorvido pelo de abolição violenta do Estado de Direito — ambos com condutas descritas como parte de um mesmo contexto. Nesse raciocínio, Bolsonaro responderia apenas pelo segundo crime, que prevê no máximo oito anos de prisão. Somando-se as punições mais elevadas dos outros crimes (dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado), a pena final chegaria a 22 anos. A partir dessa etapa, a defesa apresenta dois argumentos que podem servir para reduzir a pena. Um deles é a desistência formal, que prevê alívio na punição quando o agente, voluntariamente, interrompe a execução do crime antes de consumá-lo. Isso exclui a punição pela tentativa e permite responder apenas pelos atos já praticados. É algo que depende do momento da execução e da intenção do agente.

Outro é o concurso formal, mecanismo previsto em lei para punir apenas o mais grave de uma série de crimes que são cometidos em conjunto. Nesse contexto, a depender do entendimento, a pena a Bolsonaro poderia oscilar entre 7 e 14 anos, mesmo se forem levadas em consideração as sanções mais elevadas definidas pela PGR.

O ex-presidente é acusado de "liderar" uma organização criminosa que se baseava em um "projeto autoritário de poder" e visava dar um golpe de Estado. Conforme a PGR, ele discutiu o plano golpista em pelo menos duas reuniões no Palácio da Alvorada, em 19 de novembro e 7 de dezembro de 2022. Em julho, a Procuradoria apresentou seu parecer e pediu a condenação de Bolsonaro dos outros sete réus na trama golpista. Também no mês passado, a defesa do tenente-coronel Mauro Cid solicitou que ele seja inocentado e pediu que, em caso de condenação, a pena não passe de dois anos. Além de Bolsonaro e de Cid, também são réus os ex-ministros Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), Walter Braga Netto (Casa Civil e Defesa), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Anderson Torres (Justiça), o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

https://oglobo.globo.com/

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Carne nos EUA chega a US$ 69,00: ‘Não tive coragem de pagar’, dizem brasileiros no país.


Brasil é o maior exportador de carne bovina 
do país, sendo 60% apenas para hambúrguer.
• Giullia Gurgel

O preço das carnes dispararam nos Estados Unidos, dias após as tarifas de Donald Trump entrarem em vigor em dezenas de países. Brasileiros que moram no país norte-americano registraram que a carne bovina é a mais afetada e chega a US$ 69,00. “Os Estados Unidos vão quebrar, a carne está caríssima e não tive coragem de pagar”, disse uma brasileira indignada que mora no país. Em vídeo nas redes sociais, a moradora mostrou que uma bandeja de frango está a US$ 12,28 com osso e US$ 20.00 sem osso. Já a carne bovina comprou apenas uma bandeja para uma refeição a US$ 11,00. “Uma bandeja maior eu vi a US$ 45,00". Em outro supermercado, um morador mostrou preços ainda mais altos. “Antes comprava por US$ 16,00 ou US$ 17,00 agora está US$ 69,00", relatou um brasileiro sobre uma bandeja com alguns pedaços de carne bovina. A bandeja de carne para bife ultrapassou US$ 50,00.

Cenário da carne bovina.
O Brasil é o maior exportador de carne bovina dos EUA. Em 2024 foram 229 mil toneladas exportadas aos norte-americanos, sendo 60% da carne para hambúrguer. Para 2025, a previsão era atingir 400 mil toneladas, segundo o setor. Os Estados Unidos, como segundo maior destino da carne brasileira pode causar um prejuízo de até US$ 1 bilhão com a retirada das exportações, segundo a a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC).

Para o mercado interno, no médio e longo prazo a tendência é o boi mais caro, com custo maior. “A tarifa do Trump tem o impacto do curto prazo e no médio e longo prazo, o mercado volta a equilibrar”, afirma o pesquisador Thiago Bernardino, responsável pela área de pecuária no Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

https://www.itatiaia.com.br/

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Aginaldo de Oliveira, ex-secretário de Caucaia e marido de Carla Zambelli, tem contas bloqueadas.


Militar atuou na Secretaria de Segurança 
Pública de Caucaia, e se encontra em Israel.
Escrito por
Lucas Monteiro
lucas.morais@svm.com.br

Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Antônio Aginaldo de Oliveira, marido da deputada Carla Zambelli (PL-SP), que se encontra presa na Itália, teve as contas bloqueadas. Segundo a defesa do militar, ele está “indignado” com a decisão. Ex-secretário de Segurança Pública de Caucaia, município da Região Metropolitana de Fortaleza, e ex-comandante da Força Nacional no governo Bolsonaro, Aginaldo percebeu que não tinha mais acesso ao salário de policial militar ao chegar em Israel. Ele se afastou do cargo no Ceará e foi exonerado em julho."Aginaldo está em Israel e sem previsão de voltar ao Brasil. Ele está meio assustado. Recebeu com muita indignação [a decisão de Alexandre de Moraes de congelar as contas]. A aposentadoria dele foi bloqueada em 100%", disse Fábio Pagnozzi, advogado do casal, ao jornal Folha de São Paulo.

Antes disso, o militar estava com a esposa em Roma, na Itália. Zambelli foi localizada no fim do mês passado em um apartamento nos arredores da capital italiana. Ela era considerada foragida da justiça após fugir do Brasil em razão da condenação de 10 anos e 8 meses de prisão por invadir o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O advogado do casal acusa o STF de 'tática medieval'. "Mas o mais bizarro é a decisão do Moraes dizendo que ele poderia, no futuro, ajudar uma fugitiva. Bloqueia 100% e ele come o quê? Morre de fome? O que eles fazem é enforcar parentes e amigos próximos para que essas pessoas não aguentem. É uma tática medieval", afirmou. O STF não comenta o caso, pois o processo corre em sigilo.

Carla Zambelli segue presa.
Foragida há quase dois meses da Justiça brasileira, Zambelli foi enviada para o presídio feminino de Rebibbia, onde estão 369 mulheres, prisão com quase cem presas a mais do que a capacidade total. A Corte de Apelação de Roma determinou, em 1º de agosto, que a deputada federal continue presa em regime fechado durante o processo de extradição da Itália para o Brasil. A defesa de Zambelli sustenta o pedido de prisão domiciliar, por não apresentar “nenhum perigo de fuga".

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