O bolsonarismo chefia a o colegiado de relações exteriores. Deputados progressistas votaram contra a homenagem.
Por CartaCapital
A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira 13 uma moção de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A homenagem partiu do bolsonarista Evair de Mello (PP-ES). O autor do requerimento tenta emplacar a opinião de que o ex-capitão “é perseguido”. Evair de Mello desconhece — ou ignora — os elementos obtidos pela Polícia Federal que sustentam a denúncia da Procuradoria-Geral da República na ação sobre a tentativa de golpe de Estado. Em julho, o procurador‑geral da República, Paulo Gonet, enviou as alegações finais ao Supremo Tribunal Federal e reafirmou o pedido de condenação de Bolsonaro e dos outros sete réus do núcleo crucial da trama. Para o Ministério Público, o ex‑presidente era “o principal articulador, maior beneficiário e autor dos atos mais graves” contra a democracia. O deputado, porém, resolveu exaltar o aliado. “Esta moção é o brado de apoio ao Capitão que resiste, mesmo quando tudo ao seu redor conspira para esmagar sua voz”, alegou.
Registraram votos contrários à moção de apoio os deputados Alexandre Lindenmeyer (PT-RS), Arlindo Chinaglia (PT-SP), Rui Falcão (PT-SP) e Sâmia Bomfim (PSOL-SP). O bolsonarismo chefia a comissão, com Filipe Barros (PL-PR) na presidência e André Fernandes (PL-CE) na 1ª vice-presidência.
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